Cannabis pode ser uma aliada no tratamento do Autismo?
Descubra se a cannabis pode realmente ser uma aliada no tratamento do autismo. Conheça a história de Ângela, uma servidora pública de 39 anos, que utiliza o óleo de canabidiol no tratamento de sua filha autista de 6 anos.
Ela recebeu autorização para cultivar cannabis em casa como parte do tratamento. Após enfrentar um período de incertezas legais e um inquérito policial, Ângela finalmente pode prosseguir com o uso da cannabis.
Tratamento
De acordo com a Defensoria Pública de São Paulo, a criança começou o tratamento com canabidiol em 2017, demonstrando uma redução significativa nas crises e comportamento agressivo, além de uma melhora visível nas habilidades psicomotoras.
Os resultados são animadores: melhorias significativas na comunicação, interação social e qualidade do sono da criança, além da redução notável da agressividade. Essa abordagem terapêutica encontra respaldo em estudos que destacam o papel do sistema endocanabinoide na fisiopatologia do autismo, indicando o potencial da cannabis e seus fitocanabinoides para esse fim.
Decisão Judicial
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em uma decisão inovadora concedeu autorização para a Ângela, mãe da criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a cultivar cannabis para uso medicinal em sua residência, localizada na cidade de Campinas, no interior paulista.
Com essa decisão, a mãe não necessita renovar os pedidos para o cultivo e fica isenta de ser processada criminalmente pelo plantio de cannabis. Ângela Aboin realiza o cultivo artesanal da planta desde 2016 e já havia obtido outros cinco Habeas Corpus, cada um com validade de um ano.
“Ter que se apresentar à justiça todos os anos e viver com a insegurança de perder um direito não era confortável. Exigia uma certa tensão de, pelo menos uma vez por ano, apresentar essa documentação e sempre com receio do desconhecido. Cada julgamento era uma nova incerteza, com a possibilidade de uma sentença diferente”, declarou Ângela ao portal G1.
A decisão foi respaldada por profissionais multidisciplinares, os quais acompanharam de perto a evolução da criança e reconheceram os benefícios do tratamento. O salvo-conduto definitivo foi aprovado pelo Tribunal.
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