Conheça Rose Ayling-Ellis, a atriz inglesa surda de nascença vencedora do prêmio BAFTA

Hoje vamos te apresentar Rose Ayling-Ellis, uma atriz inglesa surda de nascença que está conquistando o mundo do entretenimento com sua brilhante atuação.

Conhecida principalmente por interpretar Frankie Lewis na novela da BBC “EastEnders”, Rose é usuária da Língua Britânica de Sinais (BSL). Além disso, em 2021, ela fez história ao se tornar a primeira participante surda na famosa competição de dança “Strictly Come Dancing”, se tornando a vencedora, juntamente com seu parceiro Giovanni Pernice. Portanto, não é de se surpreender que Rose tenha sido agraciada com diversos prêmios, incluindo o BAFTA, considerado o Oscar britânico e o Prêmio Visionary Honors de Pessoa Inspiradora do Ano. Que tal conhecermos melhor a Rose?

Origem

Rose com sua mãe na infância

Nascida em 17 de novembro de 1994, em Hythe, Kent, na Inglaterra, Rose nasceu surda. Além disso, quando era criança Rose participou de um fim de semana de filmagem dirigido pela National Deaf Children’s Society. Assim, durante o fim de semana ela acabou conhecendo o diretor de cinema surdo Ted Evans, que mais tarde a escalou para seu premiado curta-metragem “The End”. Após isso, ela se inscreveu no “Deafinitely Youth Theatre”, uma companhia de teatro para jovens atores surdos.

Carreira

Rose, como Frankie na novela da BBC EastEnders

A atriz inglesa Rose Ayling-Ellis, surda de nascença está deixando sua marca na indústria do entretenimento. Com seu talento impressionante, ela ganhou fama ao interpretar o papel de Frankie Lewis na novela da BBC EastEnders de 2020 a 2022, usando sua fluência na Língua de Sinais Britânica para transmitir suas emoções de forma poderosa.

Rose e Giovanni em Strictly Come Dancing

No entanto, Rose não parou por aí. Em 2021, ela entrou para a história da TV inglesa ao se tornar a primeira competidora surda no programa de dança mais famoso do Reino Unido, “Strictly Come Dancing”. Além disso, ela não apenas deixou sua marca na competição, como também ganhou a 19° edição do programa, juntamente de seu talentoso parceiro Giovanni Pernice.

Rose e Giovinni durante a premiação do BAFTA

Como se isso não bastasse, Rose recebeu o prêmio Visionary Honors de Pessoa Inspiradora do Ano. Além disso, sua dança silenciosa “Couple’s Choice” ganhou um BAFTA na categoria Momento Imperdível da Virgin Media votado publicamente.

Rose na peça West End

Ainda mais impressionante é que Rose fez mais uma estreia incrível em “West End”, de Shakespeare. É difícil acreditar que, antes de seu sucesso, Rose estava mexendo no Facebook, sem um agente, procurando trabalho. No entanto, agora ela é uma verdadeira inspiração para todos, mostrando que as limitações são apenas uma ilusão e que o talento e a determinação podem levar a lugares incríveis.

Achava impossível ser atriz

Rose pedindo que a Língua de Sinais Britânicas se torna-se oficial na Inglaterra

As palavras de Rose Ayling-Ellis após receber o prêmio BAFTA são uma verdadeira inspiração para todos que já se sentiram limitados por suas inseguranças.

Como uma jovem surda, Rose achava impossível ser atriz. Segundo ela, era algo reservado para os garotos populares da escola, aqueles que tinham facilidade em se comunicar. No entanto, a paixão de Rose pela atuação não permitiu que ela desistisse.

Rose fazendo campanha para a Barbie surda da Matel

Após participar de alguns curtas-metragens e procurar trabalhos sozinha através do Facebook, ela conseguiu Casualty e Summer of Rockets, trabalhos que a levaram a conseguir um agente. Posteriormente, ela recebeu a oportunidade de interpretar Frankie Lewis em EastEnders e se tornar a primeira competidora surda a vencer o Strictly Come Dancing. Um verdadeiro exemplo do poder da perseverança e da busca por oportunidades que a levou aonde ela está hoje.

Em suas próprias palavras:

“Se destacar na indústria como atriz é realmente difícil, mas quando você tem uma deficiência é ainda mais difícil. Eu quero fazer mais papéis. Estou realmente apaixonada por isso, mas as oportunidades não vem a mim com muita frequência”.

“Você não precisa fazer histórias com deficiência, apenas ter pessoas com deficiência nelas como personagens. Deveria haver algum elemento deles sendo deficientes, porque é quem eles são, mas não precisa ser sobre isso. A mudança também precisa acontecer nos bastidores. Tem gente tentando, o que é melhor do que nada. Mas é tão lento. É como, ‘Vamos lá! Não podemos ir um pouco mais rápido, por favor?’”

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