O ‘Som do Silêncio’ e a valorização da cultura surda

Por | Social Media na Uníntese |


O Oscar de “Melhor Som” em 2021 premiou o ‘Som do Silêncio’ – ficção que retrata a valorização da cultura surda através de um baterista que perde a audição

https://youtu.be/O7Zm7YtJ7W8
Assista ao trailer! (Reprodução: Youtube)

O ‘Som do Silêncio’ venceu no último domingo, 25, o Oscar 2021 de “Melhor Som” e também foi premiado na categoria Melhor Montagem. A obra está disponível na Amazon Prime.

O filme traz uma sensibilidade magnífica já no seu trailer. Trata-se de uma ficção com destaque à cultura surda, mas agrada também espectadores que não são deficientes auditivos.

Silêncio que fala

A escuridão envolvente. Imagem: Reprodução/Amazon Prime Video

Na história, Riz Ahmed interpreta Ruben Stone, um baterista viciado em drogas que perde a audição de repente, e com isso, ele se muda para uma comunidade de surdos em tratamento contra o vício aos cuidados de Joe, o personagem de Raci.

Ruben enfrente uma árdua jornada de uma nova realidade imposta pela surdez, então todo o processo de adaptação é uma descoberta constante.

O filme se destaca por tratar o tema como algo natural e ao invés de ter foco na superação, volta olhares para a aceitação das condições de vida e como o ser humano se adapta a adversidades.

Aceitação é a palavra-chave para a verdadeira inclusão e por isso, o que acontece na história é uma harmonização de opostos, sendo uma experiência sensorial muito maior do que o drama de um baterista que perde a audição.

Aceitação e equilíbrio

A mensagem de O Som do Silêncio é muito mais forte pelo lado de equilíbrio do que sobre desafio.

Riz Ahmed em ‘O som do silêncio’ — Foto: Divulgação

A ideia da ficção não é estabelecer diálogos complexos sobre surdez, mas sim atentar para a aceitação da condição adaptando-se ao novo como natural.

Conclusão

Pela trama direta e a sua completa harmonização com o ambiente – O Som do Silêncio consegue se ater à forma e só se caracterizar à romântica aceitação da surdez, quando, enfim, pela primeira vez, podemos, juntos a Ruben, perceber o mundo pela surdez.

Os graves indecifráveis da baixa audição que haviam dado lugar aos agudos tortuosos do implante saem de cena e dão espaço ao vazio. De repente, só aí, ele (Ruben) consegue comparar a experiência de ouvinte com a de não-ouvinte, fechando o ciclo dos opostos e entendendo a beleza e experiência do silêncio.

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