Projeto de Lei visa fortalecer a Educação Bilíngue
Acontece nesta terça-feira (25/05) de forma remota, a sessão temática para a votação da PL 4.909/2020. A Ementa, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação.
O objetivo da alteração é qualificar a educação bilíngue de surdos como uma modalidade de ensino independente. Assim, educação bilíngue dos surdos teria como primeira língua a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o português escrito como segunda língua.
Explicação da Ementa:
Dispõe sobre a educação bilíngue de surdos, modalidade de educação escolar oferecida em Libras, como primeira língua, e em português escrito, como segunda língua, para educandos com deficiências auditivas. Determina à União a prestação de apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino para o provimento da educação bilíngue.
O projeto é de autoria do senador Flávio Arns (Podemos-PR) e relatado pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).
Conforme explica o intérprete da Uníntese/FADS, Felipe Baléa, a mobilização nos últimos dias de profissionais, pesquisadores, instituições e comunidade surda foi intensificada, mas tem sido uma luta de anos. A votação discutida pelo Projeto de Lei 4909/2020 considerando a Lei 9394/96, objetiva a luta pelas políticas públicas que possam estabelecer como modalidade o Ensino Bilíngue de Surdos. Nesta trajetória, é importante ressaltar as conquistas já realizadas no PNE- Lei 13.005/2004 e na LBI- Lei 13.146/2015.
“Neste momento é importante destacar e refletir a seguinte questão: o que seria a equidade linguística? Ela retrata os acontecimentos e fundamentos no que se refere a proposta ideal de educação bilíngue de surdos. As políticas linguísticas instauradas por meio do Decreto 5.626/2005 ao regulamentar a Lei 10.436/2002 tem como consequência um planejamento linguístico de status, pois reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua nacional usada pela comunidade surda brasileira e de intervenção, pois desdobra uma série de ações de implantação e implementação da Libras no Brasil”, ressalta Baléa.
Felipe ainda afirma que vivenciar uma realidade invertida, que nem sempre é a sua, é legado para poucos. “Talvez este seja o ponto de ignição para encontrar muitas respostas. Por isso a Educação de Surdos não pode esperar, o direito linguístico das crianças surdas não pode ser privado por isso a política educacional e linguística de status deveria caminhar pela proposta bilíngue de equidade linguística, social e cultural. A partir destas reflexões, entendemos que a aprovação enquanto modalidade da educação bilíngue permitirá que a educação seja efetiva em todo o território nacional, e como consequência disso para atender esta demanda os Professores Bilíngues terão que se adequar na formação, estrutura e ações pedagógicas na educação de surdos”.
A Uníntese/FADS enquanto instituição, reconhece a importância desta alteração, buscando sempre contribuir para uma sociedade mais inclusiva e desenvolvida. Nossos professores também acreditam nesta missão.
Conheça nossos professores que atuam na Escola de Libras e apoiam a PL 4.909/2020:
- Alexandre Henrique Elias dos Santos
- Roberta Macedo G. Gomury
- Fábio Lucchesi Rezende
- Maisa Conceição Silva
- Wiltom Dourado
- Tatiana Papa Pimenta Quites
- Jéssica Lais Novais Machado
- Ana Cristina Queiroz Agria
- Francimar Batista Silva
- David de Castro Fonseca
- Marcos Pretto
- Cristiane Siqueira Pereira
- Ivan Rogério Diesel
- Creudimar Silva Morais
- Keli Teixeira da Silva
- Vânia Rosa da Silva
- Leandro Viturino dos Santos
- Alan Luís Rodrigues