Alunas da Uníntese fizeram tradução e interpretação de Libras no Lollapalooza

O famoso festival Lollapalooza é conhecido por reunir artistas de rock e música alternativa do mundo todo e a cada ano que passa tem ganhado força aqui no Brasil. Com isso, a comunidade surda também se faz presente neste espaço e para garantir isso é necessária a presença de recursos de acessibilidade e dos intérpretes de Libras. Por isso, nós conversamos com as alunas aqui da Uníntese que fizeram parte da tradução e interpretação de Libras no Lollapalooza e elas compartilham sua experiência conosco, confira!

O que é o Lollapalooza?

O Lollapalooza é um festival de música alternativa criado em 1991 nos Estados Unidos, pela banda Jane’s Addiction. Além disso, o evento é anual é só chegou aqui no Brasil em 2012, sendo que o primeiro país a receber o festival foi o Chile, seguido pelo Brasil e pela Argentina.

O primeiro ano do festival aqui no Brasil, em 2012, aconteceu no Jockey Club em São Paulo, entre os dias 7 e 8 de abril, nele se apresentaram bandas como Foo Fighters e Arctic Monkeys.

Por outro lado, o Lollapalooza 2023 bateu recorde de público, com mais de 300 mil pessoas no total. Desse modo, o evento que já está consolidado aqui no Brasil e ocorreu nos dias 24, 25 e 26 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Além disso, a edição deste ano contou com apresentações de diversos artistas nacionais e internacionais, como Billie Eilish, Lil Nas X, Tame Impala, Aurora, Melanie Martinez, Pitty, Anavitória, Paralamas do Sucesso, entre outros.

Alunas da Uníntese que fizeram tradução e interpretação de Libras no Lollapalooza compartilham sua experiência

Aline e Claudia no Lollapalooza

Conheça agora nossas queridas alunas aqui da Uníntese, a Aline Anami e a Claudia Giro que fizeram parte da tradução e interpretação de Libras no Lollapalooza e compartilham sua experiência conosco!

A Aline é aluna do curso da graduação tecnológica em Comunicação Assistiva e a Claudia faz a graduação em Pedagogia Bilíngue. Além disso, a Claudia já atua como intérprete de Libras há alguns anos e trabalha na All Dub Group. A empresa atua na acessibilidade em eventos e mídias audiovisuais. Assim, a empresa onde Claudia trabalha pediu para que ela recomendasse outros intérpretes de Libras para trabalhar no Lollapalooza e ela logo lembrou da Aline.

Desse modo, ambas fizeram parte de uma das equipes que realizaram o trabalho de tradução e interpretação em Libras dos shows. No entanto, é importante frizar que os intérpretes estavam desde a entrada do evento, no credenciamento e em outras áreas, auxiliando os surdos, não somente na tradução dos shows.

A melhor equipe do evento

Aline, Pamela, Gabi, Claudia e Viviane no Lollapalooza

A equipe da Aline e da Claudia foi eleita a melhor equipe de tradução e interpretação do evento. Além delas, a equipe era composta também por mais três pessoas: Gabi, Viviane e Pamela, que auxiliava as intérpretes a conseguirem as playlists dos artistas. Apesar das dificuldades em realizar a tradução simultânea, sem ter acesso as músicas antes do evento, elas traduziram diversos artistas internacionais em inglês e até mesmo em coreano.

Conheça as intérpretes

Aline Anami

A Aline é professora e pedagoga concursada, funcionária de uma escola bilíngue para alunos surdos em Taboão da Serra – SP. Segundo ela, após a aprovação no concurso ela começou a entender o trabalho do intérprete. Além disso, desde que entrou na escola ela trabalha em sala regular e também como intérprete.

Na Uníntese Aline conta que já realizou diversos cursos, desde atualizações, capacitações e especializações, até a graduação.

Sobre o trabalho de intérprete no Lollapalooza ela revela que Claudia a chamou para participar da tradução e interpretação da Libras no festival e no começo ela não quis aceitar.

“Não, não vou, imagina, aparecer assim, não tenho coragem”, mas acabou aceitando e se surpreendeu com a experiência.

Claudia Giro

Por outro lado, a Claudia já conhece a Libras há mais de 15 anos. Atualmente, ela faz a graduação em Pedagogia Bilíngue da Uníntese, pois quer muito alfabetizar crianças surdas. Como muitos, Claudia começou a aprender a língua na igreja. Ela conta que quando começou a estudar a Libras fazia todos os cursos que apareciam até conseguir aprender. Depois, quando se sentiu mais segura passou a fazer cursos com certificados válidos.

Por fim, Claudia criou coragem para começar a trabalhar como intérprete em eventos. De acordo com ela, chegou em lugares que jamais imaginava chegar antes, como interpretar no Lollapalooza e até para o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Experiência inesquecível, segundo Claudia

Segundo ela, sempre que pode ela gosta de falar sobre como a Libras mudou sua vida.

“A Libras mudou a minha vida. Eu fiquei muitos anos sentada no sofá com o ensino fundamental pela metade, um dia me despertei, voltei, fiz esse tempo que faltava. Em seguida, fiz o ensino médio, numa escola na rua da minha casa à noite”, conta.

Confira abaixo a entrevista com a Aline e a Claudia:

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