Profissão: tradutora/intérprete de Libras. Por Patrícia Santos.

Por | Social Media na Uníntese |


Você é tradutor/intérprete de Libras? Se sim, como começou sua trajetória com a língua?

Hoje nós vamos falar um pouco sobre a Patrícia Santos, uma das tradutoras/intérpretes da Uníntese/FADS. Se você nos acompanha nas redes sociais, certamente já deve ter visto a Pati em algum vídeo, não é mesmo?

O que vocês provavelmente não sabem é que ela quase foi atuar em outra área bem distinta. Mas a paixão pela Libras foi maior. Ainda bem!!!

Profissão: tradutora/intérprete de Libras

Natural do Rio de Janeiro (RJ), Patrícia Santos começou a aprender a Libras em 2013, em um curso oferecido na igreja a qual frequentava: “na época, tinha uma surda que ia lá na igreja e eu não conseguia me comunicar com ela. Aquilo me deixava muito chateada, porque eu queria conversar com ela, assim como eu conversava com as outras pessoas”, relembra.

Patrícia acreditava que sua atuação na Libras seria esporádica e voluntária. No entanto, em 2015 ela foi convidada trabalhar como tradutora/intérprete de Libras em escolas do Rio.

– “Foi nessa época em que comecei a ficar em dúvida sobre qual área seguir. Eu sou formada em Relações Internacionais desde 2014. Eu cheguei a atuar em Comércio Exterior e como tradutora/intérprete, no mesmo período”, admite.

Pouco tempo depois, Patrícia saiu da empresa onde trabalhava e decidiu que seu caminho seria mesmo com a Libras. Tanto que isso a motivou a fazer pós-graduação em tradução-interpretação Libras/Português, entre 2016 e 2018.

A escolha pela Libras abriu portas para a profissional, que atuou em escolas cariocas, tanto da rede pública quanto particular de ensino.

Em 2019, Patrícia passou num concurso do Instituto Federal Fluminense, onde trabalhou até 2021, quando entrou para o time da Uníntese.

Quando questionada sobre o que a Língua Brasileira de Sinais representa em sua vida, Patrícia afirma: “é uma forma de fazer com que as pessoas surdas se sintam bem na minha presença”.

E foi principalmente pela possibilidade de servir de elo entre as pessoas é que a motivou a optar em seguir a carreira na Libras: “eu sempre gostei de idiomas, e a Libras é uma língua. Eu vejo na Libras a forma de eu ser uma ponde entre surdos e ouvintes. Também acredito que eu possa influenciar ouvintes e surdos não letrados a aprenderem a Libras”, complementa.

Patrícia reforça que o aprendizado da Libras faz muita diferença na vida de quem é surdo, sobretudo no desenvolvimento em qualquer área, seja acadêmica, profissional ou familiar.

Um conselho para quem busca trabalhar como tradutor/intérprete

Perguntamos à Patrícia quais seriam os conselhos para quem está pensando em trabalhar como tradutor/intérprete de Libras. A resposta foi: “eu digo que primeiramente tem que ter contato com surdos. Parece um tanto clichê, mas é verdade. Também é muito importante estudar bastante, ter a formação acadêmica, pois cada dia mais isso será exigido por parte das empresas. Eu também acho fundamental seguir estudando a Libras. Como é uma língua viva, sempre teremos algo novo para aprender”, conclui.

Sobre o tempo de aprendizado da língua, Patrícia revelou que, para se comunicar e auxiliar no ambiente religioso, os estudos entre 2013 e 2014 foram suficientes: “porém, em 2015, quando eu comecei a atuar em escolas, senti muita dificuldade, já que tinha que interpretar química, física, biologia, matemática e outros assuntos inéditos”, relembra.

Ela conclui explicando que, mesmo com a fluência na Libras, em cada novo ambiente de trabalho, o profissional acaba tendo que aprender alguma coisa nova. E que por isso, estar atuando com a Libras é estar sempre submetido a um novo aprendizado.

Por último, uma curiosidade: o desejo de seguir aprendendo é tanto que, atualmente, a Pati também é aluna do curso de Letras-Libras da Uníntese/FADS.

E sobre a atividade religiosa, ela segue atuando, de forma voluntária e remota junto à Igreja Batista Atitude.


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