Kitty O’Neil, a mulher mais rápida do mundo era surda

Neste dia 24 de março foi a vez do Google homenagear o 77º Aniversário de Kitty O’Neil. Dublê e pilota americana, Kitty O’Neil, a mulher mais rápida do mundo era surda.

O que é o Doodle?

A ideia por trás do Doodle surgiu em 1998, antes mesmo do Google se tornar o que é hoje. Isso porque, para se destacarem durante o famoso festival americano “The Burning Man”, os fundadores do Google Larry Page e Sergey Brin, tiveram a ideia de mudar o logo do Google.

Além disso, traduzindo “Doodle” do inglês literalmente significa desenho, rabisco. Por isso, em datas especiais e comemorações o Doodle sempre conta com alguma arte especial.

Assim sendo, neste 24 de março o Doodle foi ilustrado pela convidada surda Meeya Tjiang, artista de Washington, DC, para homenagear o o 77º aniversário de Kitty O’Neil, uma vez coroada a “mulher mais rápida do mundo”.

E a mulher mais rápida do mundo era surda

Kity nasceu 24 de março de 1946, na cidade de Corpus Christi, no Texas, Estados Unidos. Além disso, a mãe de Kitty era nativa americana Cherokee e seu pai era irlandês.

Contudo, quando Kitty tinha apenas alguns meses de idade, após contrair diversas doenças, ela teve uma febre intensa que a deixou surda. Desse modo, ela precisou se adaptar e aprender outros modos de se comunicar. No entanto, Kitty gostava de falar e ler lábios.

Desse modo, mesmo sendo surda desde a infância, indo contra todas as limitações da época, Kitty tornou-se uma lendária dublê, sendo considerada a mulher mais rápida do mundo.

Mulher Maravilha

Para Kitty a surdez não era um obstáculo. Ao contrário, ela muitas vezes considerava como um trunfo.

Kitty amava a ação e a aventura. Apaixonada por esportes, ela tinha o sonho de ser atleta profissional e chegou a se aventurar no mundo da natação. No entanto, por conta de uma lesão no pulso suas chances de competir terminaram. Assim, ela começou a praticar esportes de alta velocidade, como corridas de motocicleta e o esqui aquático.

A lendária dublê norte-americana gostava de perigo, ela realizou feitos assustadores como cair de lugares altos enquanto era incendiada e pular de helicópteros.

Finalmente, no final da década de 1970 Kitty O’Neil teve sua estréia como dublê no cinema e em séries de TV. Assim, alguns de seus trabalhos mais famosos incluem A Mulher Biônica (1976), Mulher Maravilha (1977-1979) e Os Irmãos Cara-de-Pau (1980). Além disso, Kitty foi a primeira mulher a da “Stunts Unlimited”, uma organização para os melhores dublês de Hollywood.

O carro movido a foguete de Kitty

Certamente, não podemos dizer que vida de Kitty era sem graça. Em 1976, ela foi considerada “a mulher viva mais rápida do mundo” após cruzar o deserto de Alvord, no Oregon (EUA) a 825km por hora. O carro de Kitty tinha nome e tudo: o Motivator, um carro movido a foguete. Desse modo, ela superou o recorde anterior de velocidade em terra para mulheres em quase 320 km/h.

Contudo, após quebrar o recorde feminino seus patrocinadores não permitiram que Kitty batesse a marca geral também, pois esse feito deveria ser de um piloto homem. Por fim, Kitty nunca mais teve a chance de quebrar o recorde geral. Entretanto, ela seguiu quebrando outros recordes, enquanto pilotava barcos a jato e dragsters de foguetes.

Confira abaixo o filme biográfico sobre sua vida: “Silent VictoryThe Kitty O’Neil Story”. Lançado em 1979 o documentário foca na impressionante vitória de Kitty no Deserto de Alvord.

Que possamos ser como a Kitty e usar aquilo que os outros consideram como fraqueza, como nossa principal força para nos impulsionar em direção aos nossos sonhos.

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