Filha aprende Libras para se comunicar com a mãe surda
Filha aprende Libras para se comunicar com a mãe surda. Jeniffer se comunica com a mãe, Josiane Roldão Cardoso, pela Língua Brasileira de Sinais. A paranaense de 39 anos perdeu a audição quando ainda criança, aos três, após ter meningite.
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Libras, uma demonstração de amor por meio da linguagem. Em Curitiba, na casa de Josiane Roldão Cardoso, as conversas na Língua Brasileira de Sinais (Libras) representam muito mais que comunicação: são sinônimo de carinho.
Em todo o Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 10 milhões de brasileiros surdos.
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi estabelecida, na Lei nº 10.436/2002 (BRASIL, 2012a), como língua oficial das pessoas surdas. De acordo com o próprio termo, a Libras é utilizada somente no Brasil, assim como a Língua Portuguesa.
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Conforme um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que 900 milhões de pessoas possam desenvolver surdez até 2050.
Mãe de dois, dentro de casa os filhos ouvintes aprenderam a se comunicar por meio de Libras com ela e o marido, também surdo. “Somos pais surdos e, quando os filhos nasceram, a primeira língua deles já foi Libras. Quando vemos eles fazendo comunicação, nós ficamos felizes em receber carinhoso”, frisou Josiane.
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A Filha mais nova aprende Libras para se comunicar com a mãe surda, Jeniffer, de apenas seis anos, conta como foi o aprendizado.
“Foi muito fácil aprender Libras. Quando eu era bebê, foi bem fácil, porque todo dia eu fui aprendendo, a cada pouquinho. Foi muito legal”, afirmou.
Nos serviços públicos Josiane enfrenta dificuldades para ser atendida e, em algumas situações, até mesmo falta de respeito. Ela e o marido Jefferson também têm menos contato com parentes por conta da comunicação.
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É uma barreira essa comunicação ruim. Porque, por exemplo, eu vou ao banco e não tem ninguém que saiba lá. No hospital, na polícia, qualquer lugar. Meu sonho é que todo mundo aprenda Libras“, contou.